28 novembro 2007

arquitectura como palco...#62

"As pontes entre arquitectura e arte depois do século XX são numerosas, o mundo altera-se rapidamente, e no domínio das artes nenhuma disciplina guarda um sentimento autónomo. Mesmo a arquitectura, arte tradicionalmente isolada, não escapa a este fenómeno. Cada vez mais ela é palco das novas culturas visuais e tecnologias contemporâneas"...

Assim começa a minha tese...hum.

26 novembro 2007

À pala do Siza #61

Biblioteca de Viana do Castelo - Siza Viera
Casa da Música (Porto) - Rem Koolhaas
O que fazem 3 autocarros com 150 aspirantes a arquitectos rumo ao norte do nosso país?
Uma incrível experiência de 3 dias alucinantes que ficarão na caixa negra da minha memória.
Uma viagem da qual não esperava grande coisa tornou-se num acontecimento épico (segundo Paulo Tormenta) que me trouxe grandes revelações...
Começou no Porto, passou por Viana do Castelo, Esposende, Moledo, Caminha, Vila do Conde e acabou com um Pôr do Sol magnífico em Leça da Palmeira.
Começou por um café no ISCTE à espera do autocarro na avenida, passou por pessoas lindas, visitas surpreendentes, lugares bucólicos, luz intensa, frio de rachar, sonos curtos, noites loucas, barulho estridente...sem cansaço! Conheci gente na minha condição, pessoas que nos corredores não gostava, revelaram-se pessoas normais, com as quais me reconheci. Pessoas que conhecia revelaram-se amigos. Pessoas com as quais já não falava, ouvi-lhes a voz que ainda reconheci cá dentro.
Disse a Joana "à pala do Siza"...tens razão. Só à pala do Siza poderiamos ter tido esta experiência que nos uniu por uma linguagem nossa...Todos queremos ser isto, todos falamos do mesmo, afinal. Podemos ser 150 todos diferentes, de idades diferentes, estilos diferentes...mas todos olhamos para o que é bom e reconhecemos, nos emocionamos com o que para outro grupo de 150 poderia passar despercebido.
Foi uma surpresa boa. Foi uma união que precisava de ser consumada.
"comé que, comé que é??"

21 novembro 2007

respirar #60

Este fim de semana estarei a respirar os ares do Porto, Viana do Catelo, Caminha e Vila do Conde...um pouco de norte para variar.

bolas de sabão #59

Sonhei com bolas de sabão...e há muito tempo que não tinha um sonho tão bom.

os efeitos da chuva #58

Esta noite choveu algures do outro lado da vida. Talvez te tenha resgatado à aridez e o mundo tenha estado por um instante claro. Sei que ficaram algumas gotas suspensas na queda, com a sua frágil existência esférica imortalizada num papel. Dissolve nelas a incerteza do caminho e depois deixa-as continuar em direcção à terra. Não sei se chegará para escorrer angústias e afogar demónios, mas talvez hoje o rio desague de outra forma...

20 novembro 2007

a Anhada #57

Fiquei um pouco mais feliz da vida quando tive a confirmação de que o canal Fox Life ia pertencer à grelha normal da TvCabo. Vivia atormentada com o fim daquelas temporadas em que passavam o canal e depois mudavam para outro do Funtastic Life. Agora tenho Fox Life sempre que bem entender e a toda a hora, se for preciso. Colo em vária series (nem todas...) e adoro chegar tarde e a más horas a casa e ver uma daquelas que gosto!!
Mas há um problema...sempre, sempre, mas sempre que mudo para o 10 está a dar a tal série dos "Ghost Wisperer"! Epá, não dá!
Qual é o problema daquela senhora? Vê fantasmas, eles também a vêem, fala com eles; tem uma loja de antiguidades mas nunca ninguém a viu trabalhar; tem um marido paramédico que é a coisa mais irritante de tão cavalheiro e super herói que é; veste roupas que nunca ninguém imaginou sair à rua com metade do volume de tecido que aquela criatura usa...pá e eu colo naquela merda!! e acho que ainda faço uma má cara quando percebo que já vi o episódio que está a passar!!
Ela é uma autêntica anhada de estilo barroco...lá os desgraçados dos fantasmas só têm problemas uma bocado para o banal, o marido irrita-me (repito), a cidade onde ela vive deve ser uma seca...não percebo porque é que colo naquilo! já para não falar naquela da mãe e da filha que falam a 200/h...
Só porque começou agora mais um episódio. Este também já vi...é aquele do fantasma comediante que se suicidou na ponte...

16 novembro 2007

shhhhttt II #56

Aptecia estas vezes todas...

15 novembro 2007

shhhhtt #55

A propósito do post de hoje do meu colega do "Fed the Fish", falo-vos na importância do mandar calar alguém.
Às vezes torna-se desesperante a vontade de mandar calar aquelas vozes que nos atormentam a vida. Aprendi o prazer de dizer "Cala-te caralho!!" (com aquela entoação) mas, pela força da expressão, só a alguns podemos dizê-lo...talvez aos que menos nos aptece.
Por mim repetia isto vezes sem conta, quando os meus ouvidos e a minha paciência o desejassem. Mas não...
Pelas regras da boa educação, e para o meu bem social, não posso mandar calar aquela vozinha das terças à tarde, ou a voz que me deu à luz (desculpa mas de manhã não é fácil), ou às vozes simplesmente irritantes, ou às conversas sem sentido, ou a mim própria! Por vezes também gostava de falar comigo com voz para poder gritar "Cala-te caralho!!"...é verdade que falo demais.
Limito-me a gritar para dentro de mim...na realidade a mandar calar a minha flora, quando o que quero é acabar com tais sons que me consomem o peito.

13 novembro 2007

pensa pensa pensa pensa #54

Odeio dar por mim a pensar pequeno...Odeio ter ideias medíocres e não as ultrapassar imediatamente! Temos obrigatoriamente de começar pelas pequenas até chegar às fantásticas? Porque não as tenho? Às fantásticas?

08 novembro 2007

ora bem... #53

A Ponte é uma construção que permite interligar ao mesmo nível pontos não acessíveis separados por rios, vales, ou outros obstáculos naturais ou artificiais.
As pontes são construídas para permitirem a passagem sobre o obstáculo a transpor, de
pessoas, automóveis, comboios, canalizações ou condutas de água (aquedutos).
Quando é construída sobre um curso de água, o seu tabuleiro é frequentemente situado a
altura calculada de forma a possibilitar a passagem de embarcações com segurança sob a sua estrutura.
Quando construída sobre um meio seco costuma-se apelidar de
viaduto.
Portanto...a minha tem de ligar o Barreiro e o Seixal.

07 novembro 2007

porra pá! #52

Há zonas em Lisboa que por mais que lá passe não consigo evitar a pergunta: "Porra...onde é que tou?".
Perdi-me na Estrela...outra vez! É que chego a um ponto que não reconheço mesmo nada! E quem diz Estrela diz Campo de Ourique, Campolide, Lapa e por aí! Do Rato para baixo ok, safo-me...lá para os lados de cima é que se torna medonho.
Por acaso até nem sou de ficar muito histérica quando me perco. Gosto de me perder e sou da teoria que vou aprendendo com estes desvios parvos...mas é que a Estrela consome-me! Hoje tive a sensação que dei uma volta à turista daquelas...tipo "Rato ali" e eu noutro sítio qualquer...
Agora olho para o mapa e reconheço tudo o que vejo...
Quando me lembrar pego no carro e vou marcar pontos na rua para não me perder na próxima!...se virem lencinhos vermelhos já sabem: são os meus caminhos!!

do I love you? #51

"Do I love you because you don't want me to rub your back?
Or is it the medication?"
Foi uma boa decisão...agradeço a mim própria ter ido ao Coliseu na noite passada! Ainda estou pasmada com o que vi. Não esperava um espectáculo deste calibre. Foi um concerto diria...simpático, tocante e elegante. A revelação do momento.
Rufus Wainwright, ontem no Coliseu dos Recreios, parece-me que conquistou a imensidão de gente que lá estava.
E não é que a vida é feita de bons momentos?!
"Shout halleuja, come on get happy, get ready for the judgement day"

04 novembro 2007

hamburger dji sóija quentjinho #50

Já foram à Bica e viram aquele senhor de calças claras e cesto na mão a gritar : "Hamburger dji soija quentjinho"?? Pois bem...eu não dava nada por aquilo! Já várias pessoas me tinham falado daqueles hamburgeres como "muita bons" e "uhhhh brutais" mas eu imaginava uma coisa seca e normalissíma, daquelas coisas que sabem bem quando o que temos é fome mesmo. Não! Ontem provei finalmente! Não tinha fome...tinha era vontade de provar! e digo-vos que sim, são grandes hamburgeres dji soija quentjinhos! Porra! Sabem bem, são estaladiços, com um molho simpático e nota-se que são feitos com carinho! Segundo me disseram, quem os faz é o próprio senhor que vende. Bom trabalho senhor das calças claras de cesto na mão! Só me aptecia não ter jantado e ter razão para pedir logo uns três de seguida! Custam 2.50€! epá...provem!

02 novembro 2007

memórias das amoreiras #49

Todo o santo dia passo pelas Amoreiras de autocarro...
Convivo diariamente com esse belo exemplo da nossa arquitectura dos anos 80, peça de época. Gosto das Amoreiras pelo lugar que ocuparam na história de Lisboa e na história da minha vida...desde sempre que me lembro daquelas três torres imponentes e ornamentadas que marcam uma das entradas da minha cidade. Quando era criança costumava lá ir ao fim de semana, principalmente ao Domingo, mas nunca com a minha mãe...ela não conseguia respirar no parque de estacionamento. Foi nas Amoreiras que vi o meu primeiro filme no cinema, o "Lucky Luke". Nas Amoreiras fazia as minhas compras de adolescente, naquelas loucas idas de autocarro com as amigas todas, esbanjar dinheiro e não comprar nada que se mantenha ali no armário. Tomava cafés nas Amoreiras com o meu primeiro namorado, no Jamaica! Fiz lá uma data de compras de Natal, compras no Jumbo...Hoje imprimo lá trabalhos de vez em quando e vou ao cinema quando preciso de pipocas (já agora...aquelas salas vip não fazem parte das minhas memórias e não as sinto no conjunto...raio de ideia!).
Quando era criança e ia às Amoreiras tinha uma enorme dúvida...pensava para comigo: "Mas como é que as Amoreiras são torres se quando eu tou lá dentro aquilo só tem dois andares??" eu imaginava que as torres eram as Amoreiras shopping...há dias, parada no semáforo, lembrei-me desta minha inocência e sorri. Depois soube que haviam CASAS nas torres! Brutal...queria viver nas Amoreiras: objectivo de vida.
As Amoreiras foram uma moda, hoje são uma peça de uma época que passou...mas ainda ficam bem ali, pertencem ali e combinam com a cidade. Ao contrário do Colombo que não pertence a época nenhuma e precisa de renovar, as Amoreiras fazem sentido assim.